A descoberta veio depois de quatro anos de arqueologia subaquática. Assim, a empresa Allen Exploration (AllenX) mapeou um extenso caminho de tesouros do navio naufragado no norte de Bahamas. Inclusive, havia tesouros por mais de 5 quilômetros.
O navio era o galeão espanhol Maravillas, naufragado há mais de três séculos, com um dos tesouros mais ricos já perdidos no mar. Logo, a notícia causou alvoroço entre especialistas. Afinal, acreditavam não ter mais o que encontrar desse naufrágio.
Naufrágio do galeão Maravillas
Antes de começar a contar de fato, entenda o que seria um galeão. Galeão, então, nada mais é do que um tipo de navio de guerra muito utilizado entre os séculos XVI e XVIII, durante a Era de Ouro da Pirataria.
Em 1656, tarde da noite de 4 de janeiro, o galeão espanhol Nuestra Señora de las Maravillas (Nossa Senhora das Maravilhas) afundou no oeste do Little Bahama Bank, recheado de tesouros.
Como? O navio voltava para casa, rangendo sob o peso de barras e moedas de prata. Além disso, também estava a bordo o tesouro resgatado de um galeão anterior, perdido perto do Equador, dois anos antes.
Pouco depois, vasculharam o navio em busca de relíquias em, pelo menos, 21 ocasiões. E claro, ainda foi muito saqueado por espanhóis e depois por tripulações inglesas e americanas.
Então, entre 1972 e 1991, grupos modernos de resgate redescobriram os destroços e levantaram supostas 30 toneladas de barras e moedas de ouro. Assim como pepitas de prata, joias, esmeraldas, âncoras de ferro e canhões.
Em 2019, Carl Allen, fundador da companhia AllenX, afirmou “muitos especialistas acreditam que a história das Maravillas acabou, que os salvamentos anteriores secaram o velho navio”. Ainda acrescentou “agora provamos que os destroços não desapareceram completamente.”
A expedição AllenX e a busca dos tesouros do navio naufragado
Desde 2019, licenciado pelo governo das Bahamas, AllenX descobriu a existência de uma vasta dispersão de artefatos que correm para sudeste por uma distância de mais de cinco quilômetros. Aliás, local onde as Maravillas originalmente afundaram.
Nesse sentido, encontraram, escondidos sob as ondas e a areia, peças de prata, ametistas, esmeraldas, joias de ouro e até potes de azeitona. Cada descoberta foi meticulosamente mapeada.
Inclusive, Jim Sinclair, arqueólogo-chefe do projeto, ficou surpreso ao ver que as descobertas encontradas na trilha incluíam correntes de ouro exclusivas e joias incrustadas com pedras preciosas. Com certeza, propriedade pessoal de passageiros e oficiais ricos.
“Você pode ter certeza de que se esses itens valiosos ainda estivessem nos destroços principais quando o Maravillas foi resgatado em 1656, eles também teriam sido trazidos à tona”, diz Sinclair.
Sinclair afirma ainda que, provavelmente, os preciosos achados descobertos pela AllenX foram espalhados nos cinco meses que precederam o início das operações de resgate espanholas, no mês de junho de 1656.
Vale ressaltar que o oeste do Little Bahama Bank fica dentro do Cinturão dos Ventos Alísios. Sendo assim, no inverno, ventos com velocidade média de 30/40 milhas por hora sopram do noroeste e nordeste.
Dessa forma, a AllenX acredita que duas ou três frentes de tempestade criaram a parte principal do rastro de dispersão das Maravillas, entre janeiro e junho de 1656.
Exposição dos tesouros do navio naufragado
A maior parte dos achados na trilha de Maravillas vieram do castelo de popa, local onde os passageiros e os pertences ficavam. Assim, encontraram desde sofisticadas tigelas e pratos chineses e mexicanos para jantar até espadas, divisórias de navegação e joias de ouro.
Mesmo com o tanto de contrabando que ocorreu, ainda foi encontrado muita coisa. Agora imagine como estava o galeão no momento do naufrágio. Carl Allen declarou que há ainda uma grande quantidade de descobertas arqueológicas nas Maravillas a serem exploradas e sua narrativa histórica a ser redigida.
Dessa forma, a equipe AllenX publicou sua pesquisa sobre a trilha de Maravillas em Despachos Oceânicos para o Museu Marítimo das Bahamas localizado em Freeport, que Allen inaugurou em 2022 a fim de exibição dos tesouros do navio naufragado.
No mais, Allen recebeu uma nova licença para realizar explorações científicas e arqueológicas. Portanto, a AllenX agora envia relatórios mensais escritos para Bahamas, apresentando novas descobertas e pesquisas
